domingo, 4 de outubro de 2009

meu presente

É verdade. O amor da sua vida não irá te chamar de gostosa. Você chegará completamente descabelada, ele te dará um gostoso abraço seguido daquele beijo e te chamará de linda.
Ele vai escrever coisas lindas pra você, talvez ele até te desenhe. Dirá coisas lindas e não bancará o durão na frente dos amigos. Quando ele vê-la você os olhinhos dele irão brilhar, você se sentirá importante, querida e amada. SEMPRE!
O amor da sua vida aceitará você do jeitinho que você é. Não exigirá mudanças e conseguirá ver beleza em todos os seus defeitos. Quando você estiver de TPM, tendo aquela crise de choro, nenhuma lágrima alcançará o chão, ele não vai permitir.
Vocês irão brigar, isso é óbvio. E no fim das contas é até bom. Ao fim de uma briga vocês irão chorar, se abraças e jurar o amor sem o qual vocês não podem mais viver. Isso deixará vocês fortes.
O homem da sua vida cuidará de você com todo empenho, zelo e carinho. Se você ficar doente, pode apostar, ele não sairá do seu lado por um segundo que seja.
Vídeo-game e futebol ainda existirão, mas estarão em segundo plano. Ah, ele falará pra mãe dele que te ama sem o menor receio, sem a menor vergonha. Ela irá te adorar por você fazer o filho dela tão feliz.
O lugar mais seguro do mundo passará a ser os braços dele. Lá será o seu lugar preferido na alegria e na tristeza. Se você tiver sorte dele ser um romântico a moda antiga, quem sabe ele ajoelha aos seus pés e coloca uma aliança no seu dedo.
Não... isso não é fantasia. É real. Esse homem é real. Onde existe amor, qualquer realidade vira sonho. Eu busquei, sofri, chorei, mas aprendi que tudo acontece na hora certa. Eu não desisti e encontrei meu príncipe, e você, já encontrou o seu?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ao meu querido Jean

Tantas risadas desdobraram nossas conversas, tantas piadas. Tudo que há de bom me lembra você. Não me recordo de nenhuma cena em que você estava triste ou de mau humor. Sempre sorridente, sempre alegre. Uma alegria sempre contagiante.


Só que chegou um dia em que Deus precisou de um anjo com senso de humor lá no céu, então ele te chamou. Ele chamou você pelo seu coração bom, pela sua alma doce.


Eu sei que a nossa vontade às vezes não é a mesma de Deus, e que é difícil se adaptar, demora até o coração se confortar, reagir à uma perda. Mas sabe o que me conforta? Escutar sua risada... ela soa como sinos ao meu ouvido, mesmo você não estando mais aqui fisicamente. Mas mentalmente, eu sei que você jamais irá embora.


Eu sei que nunca dizemos a quantidade de vezes necessárias pra uma pessoa, o quanto a amamos, mas me alivio de ter, ao menos uma vez dizer o quanto você é importante na minha vida. Um dia a gente vai se encontrar de novo, e eu te darei um abraço bem apertado, um abraço com o calor da saudade.



Vai com Deus meu anjo, e olhe sempre pelos que te querem bem.




domingo, 10 de maio de 2009

mãe


É no que faço de melhor (ou pelo menos acho) que vou tentar dizer o quanto a amo e não posso viver sem ela (embora tenha minhas duvidas se ela lerá isso um dia). Então vamos lá:
Eu poderia ficar aqui falando que te amo porque você me deu a vida e toooodo aquele blábláblá beem clichê, mas me disseram que sou melhor que isso.
Mãe, não sem bem por onde começar, mas eu poderia dizer que sou imensamente grata por cada dia que passo ao seu lado, por cada noite que você passou em claro, por cada briga que comprou em minha defesa, e por toooodas as brigas que teve comigo para que eu não fosse para um caminho errado.
Obrigada por toda a proteção, por todo carinho e amor.
Fique ciente que eu discordo do dito que uma mãe não deveria sobreviver aos filhos, pois não sei se seria capaz de viver sem você.
Perdoe-me por toda incompreensão, mas eu reconheço que certos gestos me passam por difíceis de ser entendidos, já que ainda não possuo o dom de tamanha magnitude, que é ser mãe.
Um dia te entenderei completamente.
Te amo, demasiadamente.

domingo, 3 de maio de 2009

todas a certezas que não tenho

Talvez eu não goste de filmes sem final feliz por que eles retratam algumas realidades.
Talvez eu não goste de dias chuvosos porque é o sol que reflete meu sorriso.
Talvez eu não goste de sentir saudade por que dói, ou talvez eu goste porque dá um frio na barriga.
Talvez eu goste de cozinhar porque me dá prazer, ou só porque eu sei.
Talvez eu goste de ficar deitada olhando pro teto, ou eu faço isso porque minha internet foi cortada.
Talvez eu goste de ser tratada como criança às vezes, ou talvez sinta falta da minha infância.
Talvez eu goste de ser tratada como mulher, pra testar se já sou uma realmente.
Talvez seguir os conselhos de minha mãe sempre seja certo, ou talvez eu faça isso por não saber que caminho seguir.
Talvez a saudade signifique que o passado foi bom, mas não necessariamente que é o que você quer para o seu futuro.
Talvez o passado tenha sido ruim, mas não significa que acontecerá novamente.
Talvez a maioria dos meus medos exista apenas pelo medo de ser julgada pelas minhas escolhas.
Talvez o que é bom pra mim não seja bom para os demais, e vice-versa.
Talvez eu tenha tudo o que sonho, mas talvez só sonhe com tudo o que quero.
Talvez eu nunca tenha amado de verdade, ou apenas não fui amada.
Talvez eu tenha sido amada e não amei.
Talvez eu julguei errado e não pensei.
Talvez tenha escolhido o caminho certo e não o avistei.
Talvez as coisas estejam no rumo certo, já nem sei.

domingo, 12 de abril de 2009

vidente

Certa vez, cansada de surpresas desagradáveis, uma jovem foi até uma cigana, para saber seu destino.
A jovem explicou a tal cigana que se enganava demais com as pessoas, e que tinha um coração inocente e cego para maldades. Era imune a qualquer tipo de rancor, e o mal que lhe faziam, o tempo levava e ela esquecia, e mais na frente outra decepção lhe surpreendia. Ela queria saber o que o destino lhe reservava, para não ser pega de surpresa, assim não se decepcionaria com as magoas que se aproximavam, ela já estaria preparada, ou poderia tentar mudar sua sorte.
A cigana olhava curiosa para a jovem, que ao mesmo tempo em que possuía uma decepção no olhar, tinha também uma esperança irrefutável. Analisando sua vida, a cigana disse à menina que ela não podia tentar cuidar de todos o tempo todo, que ela não pode ser mãe de todos que ama, que às vezes, ao invés de cuidar, ela precisava ser cuidada. Que nem sempre ela tem que amar, e sim ser amada. Que às vezes ser abraçada é melhor que abraçar. Ela tinha que diminuir sua sede de surpreender e aguardar ser surpreendida.
Relutante, a garota dos sonhos quebrados (mas não destruídos) foi acatando tudo o que a vidente falava e quando ela ia começar a prever seu destino, ela a impediu. Ela não queria mais saber, ela percebeu, com todos os conselhos que recebeu, que não pode querer dar um passo maior que suas pernas, e que não teria graça e nem sentido saber o que irá acontecer. Por mais que seu coração fosse tão ingênuo, ela sabia, lá no fundo, que conseguiria suportar qualquer mau que lhe atingisse, ela sabia de sua força. Ela queria mais. Ela queria acordar todo dia sem saber o que lhe iria acontecer, quem iria conhecer.
Ela não queria saber quando encontraria o amor de sua vida, a espera poderia ser enlouquecedora. Ela não queria saber quais surpresas o destino lhe reservaria. Sua carreira, seus filhos, sua família. Ela não queria saber quais os momentos seriam de felicidade e quais seriam de dor. Ela apenas disse que iria dar os passos que lhe fossem cabíveis, que iria seguir seu caminho, que a fé seria sua guia. Ela bateu a porta atrás de si, e foi.

segunda-feira, 16 de março de 2009

reticências

Era uma vez um menino que já havia sido Dom Juan e Romeu em suas turbulentas relações.
Era uma vez uma menina que já havia sido Amélia, Julieta...
Ambos amaram, foram amados, foram felizes e infelizes, riram e choraram, mas chegou um momento que já estavam anestesiados de uma felicidade tão inconstante, cansados de tantos momentos em que a alegria e a tristeza brigavam entre si para predominar a rotina.
Foi num dia de alegria que eles se olharam a primeira vez, e gostaram do que viram. E foi assim que o destino fez suas artimanhas para cruzar a vida desses dois.
“Como me aproximar de tão doce jovem?” – pensava o garoto – “Esse sorriso lindo que clareia o dia, já não preciso mais ser conquistador barato, talvez, só talvez, eu tenha achado meu porto seguro!”
“Porque ele me despertou tanto interesse?” – indagava-se a garota – “Eu nem o conheço. Do livro que é sua vida, já ouvi diversas sínteses, mas no fundo, só conheço a capa.”
De repente, com a convivência, os dias iam passando de forma estranha, cada dia começou a equivaler à um mês, e eles foram se conhecendo e aproximando. Dia a dia o garoto ia mostrando-se a garota, página a página, ela ia conhecendo-o mais e mais, ia lendo sua história sem querer parar, sem poder parar, aquilo tão cedo teria um fim. Quanto mais ela o conhecia, mais ela queria conhecer.
Foi numa volta violenta que a Terra deu, que a então Julieta caiu nos braços de Romeu, e quando ele lançou-a seu olhar, não um olhar vago, mas um olhar que continha um misto de ternura e desejo, ela rendeu-se à um beijo.
Com o passar dos meses, o destino, a rotina iam sempre os aproximando, das formas mais inesperadas, sutis e especiais. Uma conversa na praça já não era sinônimo de tédio e um passeio no meio da semana já não era um luxo. Uma risada valeria a alegria de um dia inteiro, e um beijo pagaria isso.
Quando tudo não poderia ficar melhor, Romeu disse a Julieta que teria que partir, numa longa viagem, tristemente pediu que ela não o esperasse, mas que guardasse com carinho todos os longos e lindos momentos que compartilharam. Julieta não chorou, não questionou, apenas sorriu e entendeu. Tudo o que passara desde que o conhecera era suficiente para combater a saudade, mas ela não tinha certeza se controlaria a paixão que crescia, dia após dia.
Romeu deixara para Julieta um livro, e pediu que ela só o abrisse quando ele mandasse noticias à ela.
Após a partida de Romeu, Julieta retomou sua vida, e quando a tristeza de qualquer natureza a abalava, ela retomava suas memórias de Romeu, e sorria. Telepaticamente eles se falavam, se sentiam e inexplicavelmente, acabavam com a saudade. E já que pessoalmente não mais havia contato, foi também telepaticamente que viraram amigos.
Quando Julieta já havia conseguido encubar sua paixão por Romeu, quando ela resolveu deixá-lo na caixa de lembranças boas que havia em sua mente, quando ela achava que já havia conhecido o fim do livro de Romeu, ela recebeu um telegrama com os dizeres: “Me espera amor, que eu estou chegando...”
Julieta correu a seu quarto, remexeu suas coisas e encontrou o livro que Romeu deixou, intacto. Ela cumprira a promessa de não abri-lo antes da hora. Ao abrir o livro, ela não entendeu, estava em branco, totalmente em branco, exceto, a última página. E seus olhos encheram-se de lágrimas de felicidade e surpresa quando ela leu o que ele havia escrito: “...nossa história nunca irá terminar, estou voltando, pra gente escrevê-la nessas páginas em branco, juntos, perfeitamente juntos. E se uma vez disseram que o amor sempre volta, deve ser pro isso que voltarei para você!”

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

real [volume único]

Ana estava na sala de embarque esperando seu vôo, rezando pra tudo aquilo acabar logo. Ir morar com o pai em outra cidade poderia não fazê-la esquecer Miguel, mas pelo menos ela não o encararia novamente, pensava ela.
Assim que ouviu a chamada para o seu vôo e se dirigia ao portão de embarque, ela ouviu um grito, que não deu muita importância, sua cabeça estava cheia de pensamentos e seus olhos cheios de lágrimas demais para prestar atenção nas coisas que aconteciam ao seu redor. Foi quando alguém segurou seu braço com força, e quando ela virou-se assustada, viu a última pessoa que esperava (e queria) ver.
- Miguel! O que você esta fazendo aqui?
- Ana...
- Vai embora, eu não quero te ver... alias, não quero que você me veja assim, não quero... vai embora!
- Não vou a lugar nenhum, e nem você!
- Por quê? Não foi o suficiente ler a carta? Quer que eu diga também? Porque você tá fazendo isso? Por quê? Se eu disser você vai embora? Se eu gritar aqui você me deixa ir? – dizia Ana num choro desesperado.
- Não, eu não quero que você diga nada, quero que você apenas escute.
- Escutar o que? Que você tem pena de mim? Que você sente muito não sentir o que eu sinto?
- Escute! – disse Miguel, com os olhos marejados, esconstando o dedo na boca de Ana.
Miguel se afastou lentamente de Ana, que se se encostou a uma parede, ao lado da fila de passageiros.
- Pessoal! – gritou Miguel, e imediatamente todos olharam assustados em sua direção. – Vêem aquela menina bonita? Ela é MINHA menina bonita, mas se não fosse sua coragem, seu amor, eu jamais saberia disso, e a deixaria ir embora sem ao menos dizer que sempre a amei. Fui tão covarde, que preferi esconder, preferi provocar, preferi omitir a me declarar, e essa menina, ela é o amor da minha vida, sempre foi, só que eu tinha medo de contar isso a ela, medo que ela não sentisse o mesmo por mim. Meu medo quase me fez perder ela de vez. É por isso que estou aqui, gritando e chorando feito um louco na frente de vocês, porque hoje é meu dia de não ser mais covarde, hoje é meu dia de ter coragem e vir aqui dizer pra que quiser ouvir: Ana, eu te amo, eu sempre te amei!
Ana ficou mais atordoada quando viu e ouviu tudo aquilo, e mais atordoada ainda com os gritos e aplausos daquela platéia improvisada. Miguel aproximou-se e os dois se abraçaram forte, tentando inutilmente conter as lágrimas.
- Ana, me perdoa? Por favor... fica?
- Até quando?
- Pra sempre!
Ana sorriu, um sorriso jamais visto, um sorriso que continha a felicidade do mundo inteiro, um sorriso que pedia um beijo, e foi o que Miguel fez. Beijou-a apaixonadamente, pegou-a no colo, e os dois foram embora, em meio a aplausos, gritos e lágrimas da platéia.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

platônico [3]

Menino bonito, não sei te dizer o tamanho da dor que senti ao saber que passas o mesmo que eu.
Minha permanência ao teu redor dependia de tua resposta. Como não tenho nada a perder, já que teu coração não possuo, irei embora, mas antes direi quem sou.
Sou aquela que tu julgas sua melhor amiga. Que ouve teus segredos, planos e sentimentos, embora nunca fale muito de sentimentos, eu sempre quis saber por quê.
Aquela que, pela sua família, é considerada parte dela. Aquela que para atravessar o labirinto até seu coração, pegou o atalho as amizade, se perdeu e nunca mais achou saída. Aquela que se arrepende amargamente de ter pego esse caminho.
Aquela que preferia simplesmente não te ter, a ter-te por perto sem te ter de verdade.
Aquela que destina a ti pensamentos e suspiros, risos e lágrimas, poesias e palavras.
Aquela que não foi escolhida pelo destino para ser a merecedora do seu amor.
Aquela que vai embora mesmo te amando e levará na bagagem todas as lembranças de momentos imaginados e sonhos ao seu lado não realizados.
Menino bonito, já sabe quem sou, que te amo e que não mais me verás.
Com todo amor e saudade do mundo no peito, seguirei meu rumo sem seu sorriso.
Adeus, Ana.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

platônico [2]

Menina bonita... pensei muito antes de escrever-lhe também. Confesso que fiquei surpreso, porem, também fiquei perturbado, pois, não sei se feliz ou infelizmente, passo a mesma situação que você passa.
Existe outra menina bonita na minha vida, ou melhor, no meu coração. Tal menina sabe que existo, mas não percebe que eu só existo graças ao amor que sinto à muito por ela.
Quando ela passa, posso sentir seu doce cheiro, e meu dia sem teu sorriso é como um dia nublado.
Às vezes paro pra pensar e acho incrível que ela não tenha percebido, pois, só de vê-la fico com cara de bobo. Quando ouço sua voz fico sem ar.
Já fiz de tudo para esquecer, pois, maior que meu medo de perde-la, é minha falta de coragem para me declarar.
Sinto inveja de você menina bonita, tens a coragem que eu anseio.
Tenho medo de levar um não e ter que me afastar dela, ou ter que vê-la com outro. Prefiro ficar anônimo, mas tê-la por perto.
Ela nunca deu o menor sinal de que sente algo por mim, e, uma vez, no auge de minha obsessão pra despertar sua intenção, beijei outra em sua frente, mas ela foi indiferente.
Sendo assim, como me declarar?
Decidi permanecer quieto, ate conseguir esquecê-la, ou até que os céus ouçam minhas preces e ela se apaixone por mim.
Obrigada Menina bonita, por sentir algo tão lindo por mim, e desculpe, mas meu coração é de outra menina.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

platônico

Menino bonito,venho por meio dessa carta dizer-te algumas coisas, já que tão grande é meu sentimento e covardia. Não tive a coragem de olhar-lhe os olhos e dizer o que sinto, pois, quando estou perto de você minhas pernas tremem tanto quanto meus lábios ao pronunciar qualquer palavra em sua direção.
Menino bonito, creio que nunca passou por sua imaginação mais louca que posso sentir tudo isso, mas é que pra ficar perto de ti, aprendi a disfarçar o quanto sua presença me perturba e altera, o quanto meu coração pulsa e dilacera.
Menino bonito, foi no teu sorriso que encontrei abrigo, e no teu abraço ingênuo que encontrei refúgio, nas tuas palavras um apoio e na tua ausencia um castigo. Fiz dos meus sonhos tua morada, do teu coração minha corrida e dos teus beijos minha chegada.
Menino bonito... disfarço tanto para que não perceba, para que não possa sequer desconfiar, de que suspiro com sua chegada e lacrimejo ao se afastar. Disfarço por medo e interesse, medo de que me desprese e interesse que fique perto sempre.
Menino bonito, jamais ouvi tão doce voz, jamais dei tão verdadeiro riso, jamais senti tamanha paz quanto a que você trasmite pelo olhar.
Menino bonito, o choro mais doloroso foi por sua causa e minha culpa ao ver dar teus beijos a outra, e quem sabe se eu não fosse tão covarde, seria eu a contemplada por tal prêmio, teu gosto, teu cheiro, teu jeito...
Menino bonito, peço apenas que não tente descobrir quem sou, mas apenas abra os olhos, abra o
coração e perceba quem eu sou e que tudo o que faço, falo e passo perto de você, não tem sentido ser em vão.


Com amor, Menina bonita.

sábado, 24 de janeiro de 2009

tentar

Sabe aqueles dias traiçoeiros? Aqueles que você jura que que não passará? Mas... de repente, você pára e olha para um lado, vê um sorriso, sente o brilho do sol atravessar sua alma no mesmo instante em que a garoa refrescava os pensamentos. Então te surge a ideia... como desistir? Como PENSAR em desistir? Se para cada coisa triste que acontece, três boas surgem e você nem nota.
Pense que o tempo que você perde reclamando das coisas que NÃO acontecem, você poderia estar fazendo elas acontecerem, certo?
Pense que aquele grito que você deu com alguém na hora da raiva, pra você a intensidade foi relevante, mas pra quem ouviu ele ainda ecoa nos tímpanos.
Pense que um tapa dói no rosto de quem o leva, mas depois dói muito mais na conciência de quem o deu.
Pense que aquela mentira que você contou, um dia você à ouvirá.
Mas pense que aquele conselho que você deu, poderá salvar alguma coisa.
Pense que aquela ligação ou aquela mensagem que você mandou pode ter despertado um sorriso.
Pense que aquele abraço que você deu, aquele verdadeiro, aquele bem apertado, pode ter trasmitido calma para alguém.
Pense que aquele beijo fez o coração de alguém bater em ritmo frenético novamente.
É tudo ação e reação. Se a ação que você fez não teve a reação esperada, talves a ação tenha sido
errada, talves o receptor da ação seja errado, ou talves (e mais provável) o tempo esteja errado. Não tem como saber a hora certa de se fazer algo, quem diz que isso é possível está mentindo.
Porém, existe o porque de achar que aquele é o momento, e se, por algum motivo sentir que é a hora de falar algo, dar um conselho, dar um abraço, qualquer ação, faça. Faça sem medo, porque o bom da vida é tentar, porque o MELHOR da vida é tentar. Enquanto você viver, enquanto respirar, estará tentando, tentando ser bom, tentando amar, tentando ter sucesso, tentando ser feliz, tentando não errar, uma constante evolução, estagnação é o mesmo que morrer. Então tente sempre, ouça o coração e esqueça a cabeça, porque que pensa demais não vive e quem SENTE é quem vive melhor e tem coisas boas pra contar.

ângulos

Certo dia o Gratuito e o Interesse prostaram-se a discutir:
- Você só faz o que te convêm! - dizia o Gratuito.
- Tudo na vida precisa de mim! - retrucava o Interesse.
- Lógico que não, isso é um absurdo!
- Isso é a pura verdade, você não existe, nada é de graça!
- Você é maluco! Veja aquela mãe com sua filha recém-nascida no colo, ela à ama sem cobrar nada por isso! - exemplificou o Gratuito.
- Ela a ama pois a criança deu um sentido, trouxe a felicidade à sua vida! Não deixa de ser interesse!
- Isso é loucura!
- Me diga então porque você ama seus amigos...
- Porque eles me fazem bem, oras!
- Interesse...
- Não!
- Lógico que é! Meu caro, eu não sou mau. Mas estou presente em tudo não percebe? Naquele abraço de bom dia, naquele beijo de boa noite. No presente de aniversário, no sorriso de agradecimento, nos conselhos amorosos, no aperto de mão... em tudo! Perceba que você pode abraçar alguém porque quer que ela se sinta bem, você pode doar sangue por que se interessa em ajudar...
- É... olhando por esse lado...
- Acredita agora?
- Sim, mas só tem uma coisa que você não percebeu!
- O que?
- Você só é do bem quando anda de mãos dadas comigo!