Conto de amor (parte III)

Maria não agüentava mais pensar em João! Ela só pensava e pensar não o traria pra perto dela.
Havia quase um mês que eles não se viam e Maria sentia um vazio dentro de si.
Certo dia ela estava em sua casa, deitada no sofá da sala, admirando o teto e lembrando do sorriso de João! Ela se perguntava se haveria sorriso mais doce que o dele...
Quando ela estava quase criando coragem para levantar-se e faazer algo de útil, foi vencida pela vontade de ficar mais e sonhar com os momentos que passou junto do amado.
-- Maria!
Maria ouviu gritarem seu nome e imediatamente pulou do sofá.
Ela conhecia aquela voz, mas... não! Não podia ser!
Chegou perto da janela e sorriu!
Ela abriu o portão com a mão trêmula e João entregou-lhe uma flor e lhe beijou a face.
-- Vamos dar uma volta? - disse ele.
-- Onde? - indagou ela, sem se importar com a resposta.
-- Qualquer lugar. - concluiu ele.
Andaram por mais de uma hora, sem perceberem o tempo passar. Conversaram sobre quase tudo o que se pode imaginar, menos sobre os dois.
Maria não conseguia olhar mais nada além de João, tanto que nem percebera aonde chegaram.
-- Aqui! Fica aqui! - disse ele desajeitado.
Ela parou, sem entender.
-- Foi aqui - continuou ele - que eu beijei pela primeira vez, a mulher da minha vida!
Os olhos de Maria brilharam e seu rosto foi iluminado por uma felicidade inquietante.
-- João... eu não sei o que dizer... - gaguejou ela antes que João à interrompesse.
-- Não Maria! Não diz nada, agora é a minha vez de falar!
Então ele deu um suspiro e começou:
-- Eu não sei por onde começar, mas quero muito que você saiba que eu fiquei todos esses dias pensando em você, e em como me faz bem estar perto de você! Eu finalmente consegui abrir os olhos pro que estava óbvio, estava na frente do meu nariz e eu não queria aceitar.
À essa altura, as lágrimas já haviam brotado nos olhos de ambos, mas eram lágrimas de felicidade.
-- Quer ficar comigo pra sempre?
Maria calou João um beijo que tinha gosto de 'sim'!
Se abraçaram forte, como se algo ou alguém quisesse separá-los.
Deitaram-se na grama e por lá ficaram por mais algumas horas.
Nada mais interessava à eles além da lua que os iluminava e o amor que os aquecia.