Lembro-me claramente de um sábado de maio, uma tarde cálida, uma descoberta tenebrosa.
Ainda posso me ver naquele dia, e me surpreeender com minha própria reação: ao invés de choro, uma sensação de pena, uma ânsia...
Daí então um alívio, alívio dos danos serem pequenos, remediáveis...
Então ajoelhei e agradeci aos céus. Agradeci por me frearem quando eu acelero além do limite permitido, por alguém sempre me contar o fim de um filme triste, evitando que eu perca meu tempo... e principalmente por que toda vez que a montanha-russa para lá no alto, de cabeça pra baixo, e o mundo parece estar todo errado, tem sempre alguém segurando minha mão...